sábado, 1 de maio de 2010

De imaginação enérgica a laudo psiquiátrico

Imaginava demasiadamente, pensava pouco, solucionava menos.
Não punha fim em nada. Tudo começava muito bem e depois, por medo talvez, abandonava.
Podia ter idéias originais, mas eram só idéias. Confusão e nada além.

Certa vez fingiu uma internação por conta de uma doença gravíssima, um câncer!
Ninguém descobriu onde estava internada e nem lhe fizeram uma visita, pois se esqueceu de dizer que estava em uma UTI na própria residência.

A internação não foi programada detalhadamente e nem inventada por maldade. Era só uma diversão, a representação de um papel que poucos veriam e que nenhum prêmio receberia.

Depois de certo tempo já não conseguia terminar nem de ver um filme. Não admitia os finais.
Tudo era uma desculpa para sua incoerência.

Anos mais tarde já esta afundada em seu imaginário. Fora dele padece.
E tem que lançar mão de tratamentos e remédios "receita azul" quando precisa se manter sob certa realidade, ou melhor, sanidade.
A insanidade é santa! É a pureza do ser.

Sabedoria dos que pouco se preocupam.

Quantos não dariam os dois dentes da frente para serem um pouco mais insanos?!

E a insanidade esta dentro dos que mais se dizem sãos.